por Enéas Alixandrino
A cada outono, geralmente em outubro, Israel celebrava a conclusão do ciclo de colheitas levando ao templo as oferendas das árvores e da vinha, para agradecer a Deus pela estação q começou com a primavera. Esta longa cerimônia de uma semana chamava-se Tabernáculo (do hebraico sucoth) porque durante a colheita dos pomares os homens dormiam em abrigos temporários nos campos (sucoth é a palavra hebraica para 'abrigo temporário').
Hoje, as famílias judias ortodoxas celebram esta festa construindo estes mesmos abrigos em seus jardins. No outono, porém mais dois elementos emergem no ritual hebreu. Primeiro, o mundo antigo era muito atento a mudança das estações e á assim chamada morte do sol, já que a Festa dos Tabernáculos era celebrada simultaneamente ao equinócio de outono.
O templo hospedava as cerimônias reconhecendo esta perda de luz e implorando a Deus que devolvesse na primavera. Cerimônias rápidas envolvendo candelabros raramente usado eram instituídas nos pátios do templo, que brilhavam durante a noite. Além disto, outubro era o fim da estações seca. E se as " primeiras chuvas" não vinham, a terra podia estar em perigo. Portanto, em rituais complexos cântaros de água eram trazidos da fonte Gihon em Jerusalém todos os dias, e sacerdotes derramavam sobre o altar, novamente implorando a Deus que enviasse chuva. No último dia do cerimonial, isto era feito sete vezes , levando literalmente o altar do templo. Jesus conhecia estas cerimônias, porque cresceu com elas.
Em João 7 temos o registro de que freqüentava as grandes cerimônias do templo durante este período. Na Festa dos Tabernáculos, anunciou: "Eu sou a luz do mundo"¹ e no ultimo dia, o principal dia da celebração, disse: "Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre."²...
¹ - João 8:12
² - João 7:37-38
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