Que esta turma use da FÉ para vender CD's, DVD's, roupas, chaveiro, adesivos, viagens para Israel, etc., todos já sabiam e, em certa medida, se indignam. Agora me vem o "FÉ-da-zunha" panfletar na rede social utilizando o espaço conquistado pela FÉ alheia? Além de um disparate, achei um ato de mau-caratismo sem tamanho. Ato que comparo com o que faziam os fazendeiros de antigamente, ao obrigar (muitas vezes por meio da violência) seus trabalhadores a votarem em um candidato político que ele havia escolhido. Tal ato é denominado "voto de cabresto".
Se no passado o "voto de cabresto" era a arma dos homens no poder, em nossos dias, em nome da religião, o mesmo acontece. Contudo, através de versículos isolados e não interpretados com honestidade, por exemplo: "Porás certamente sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos." (Dt 17:15). Ou então pelo chavão "irmão, vota em irmão". A estes lembro que Caim matou Abel. Lamentavelmente, hoje acontece o "voto religioso".
Em nossos dias não é incomum um pastor, cantor ou qualquer outro tipo de líder religioso, incitar seus seguidores a votarem em determinado candidato que o próprio líder escolheu, ou a não votarem em outro determinado candidato. Em alguns casos, creio que o fazem por inocência acreditando que certos boatos, disseminados pela rede, contra a um determinado candidato possam ser verdade. Ou ainda que as palavras do outro candidato sejam verdadeiras e que este cumprirá o que apaixonadamente prometeu ao pedir votos. Em outros casos, creio que incitam suas ovelhas a votarem num candidato que eles escolheram, por abuso do poder religioso que seus seguidores lhes conferiram. Neste segundo caso, eles agem por má-FÉ fazendo acordos com alguns candidatos para serem beneficiados, caso estes sejam eleitos. Conheci líderes evangélicos que arrotavam de boca cheia que tinham acesso a determinado político famoso. Uma ausência de graça, para não dizer que é um case de completa desgraç...
Apontar candidatos não é a tarefa do pastor num momento onde o futuro do país é escolhido por meio da eleição. Cabe ao pastor/líder ensinar aos seus ouvintes a escolher o melhor candidato, falando sobre as qualidades que estes devem possuir para que sejam escolhidos. Não cabe ao pastor/líder escolher os candidatos no lugar das ovelhas, dizendo em qual devem votar. Ao pastor cabe a tarefa de ensinar a pensar e não a de decidir por suas ovelhas. Que Deus nos seja inspiração neste 5 de outubro. Boa eleição á todos.
*Reflexão de 05/10/14.
*Reflexão de 05/10/14.
Excelente reflexão. Precisamos de líderes que ensinem a pensar e não que pensem pelas suas ovelhas.
ResponderExcluir