Frases

18 de abr. de 2011

Filial divina

Embora eu não seja um especialista do mundo corporativo, arrisco-me em dar conselhos e passo à frente a minha experiência de ex-empresário. Desde novo escutava meu pai falar do mundo corporativo e o que me impressionava era a possibilidade de uma empresa abrir filiais e explorar o mercado em outro lugar sob o mesmo no nome.

Para um garoto de oito anos que ficava assistindo a conversa de adultos, era uma idéia fantástica. Era como se um pedacinho da empresa maior estivesse em outro lugar fazendo a mesma coisa, vendendo ou fabricando o mesmo produto, com a mesma qualidade da matriz e ainda com o mesmo prestígio. Uau!

Na adolescência pude experimentar isso abrindo uma filial de nossa lan house. Essa tinha que imprimir em nossos clientes que embora eles não estivessem na matriz, eles poderiam conseguir a mesma qualidade de serviço. E quando isso não acontecia eram necessárias mudanças e talvez até dispensar funcionários e colocar outros no lugar.

Fazendo analogia o mundo corporativo, com suas matrizes e filiais, e a graça que recebemos de Cristo que nos chama de amigos (João 15:15) e nos confiou o reino dizendo: "Assim como o Pai me confiou um reino, eu o confio a vós" (Lucas 22:29).

Anos depois os seguidores de Jesus, que receberam a alcunha de Povo do Caminho, foram chamados de cristãos (pequeno Cristo), na cidade de Antioquia (Atos 11:26). O texto de Atos diz que após "um ano inteiro reuniram-se naquela igreja e instruíram muita gente", e só assim receberam a nova alcunha. Ou seja, somente depois de demonstrar o seu modo de vida, que neles enxergaram uma porção menor do Cristo.

O título que hoje recebemos de "cristãos" foi ganho após a comprovação do compromisso e da vivência daquilo que estava instruindo. Não foi após um apelo num culto dominical, onde o locutor em um momento de busca de aprovação anuncia que "se não forem à frente, chamará pelo nome". Não! Isso foi algo conquistado com dedicação, lágrimas, tempo e sangue em muitas casos. Não foi um título reivindicado e sim recebido por quem estava observando-os.

O fato é que Ele, além da preciosa graça, deixou uma tarefa: "Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda criatura". O Evangelho ou Boas Novas compreende tudo aquilo que Ele viveu e deixou como exemplo. Somos responsáveis por levar adiante esse reino. E devemos fazê-lo como Ele o fez: amando (João 16:17); e se precisar morrer por ele (João 16:13).

Assim como as empresas designam "uma missão" a suas filiais, a de cumprir as exigências matriz, fazendo com que a qualidade dela seja vista na filial, temos que mostrar ao mundo que como Filiais divinas possuímos a qualidade de nossa Matriz: Jesus Cristo, o Filho de Deus. Devemos ser verdadeiramente "pequeno Cristo" para as pessoas. Conscientes que talvez sejamos a maior porção de Cristo que muitas delas irão conhecer.

Devemos então, levar a sério a nossa missão neste mundo carente de Deus. A Matriz divina, pode estar longe dos "consumidores finais". Mas não é por isso que eles irão deixar de conhecer a qualidade dEle enquanto nós, Filiais divinas, estivermos por perto. O "selo de qualidade" deve ser visto em nós assim como os antioquinos enxergaram nos primeiros cristãos.

Que eu e você possamos assumir a nossa responsabilidade de levar o reino de Jesus as pessoas que longe estão da Matriz. Que levemos o caráter dEle até as pessoas ainda que para isso tenhamos que fazer como Ele e nos esvaziar de nós mesmos (Filipenses 2:7) para ser cheios da qualidade de nossa Matriz (Atos 4:31) e assim como Jesus "sermos com Deus um" (João 10:30).

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