Frases

11 de abr. de 2011

Encontrando o equilíbrio


Do ativismo...

Sábado fiz trabalho voluntário no Retiro em Paz com Deus (algo semelhante ao Encontro com Deus, sem as "Renês-Terranovices"). Foi muito bom. Saí sexta-feira do trabalho e fui direto á Igreja e ajudei no transporte das bolsas de quase duzentas pessoas. Ao chegar no sítio descarregamos e fizemos a cama das pessoas. Graças a Deus que não sumiu nenhuma bolsa desta vez.

Antes que fosse dormir surgiu um problema: o local onde os homens deveriam assistir as palestras não estava em condições para receber-nos. Passei boa parte da madrugada carregando mesas, cadeiras e equipamentos de som para outro local. Deitei-me ás quatro da manhã de sábado.

Três horas depois foi a hora de levantar e acompanhar as pessoas para a capela. Eu lutei contra mim mesmo e aos poucos fui levantando. Foi duro, mas no fim tudo deu certo. Fizemos de tudo no sábado: servi café da manhã, carreguei mais mesas e cadeiras, auxiliei nas ministrações, ajustei o som que estava com problemas, servi almoço, varri o chão, e mais algumas coisas que não me lembro.

Como tinha que ir embora para pregar a noite, fui embora lá pelas cinco e meia com um pastor e amigo. No caminho ele disse que estava com dores na coluna e que havia sido diagnosticado como estresse. Palavrinha terrível essa. Meu cabelo está caindo por causa dela. Meus pés aparecem feridas periodicamente por causa dela. A Flávia, minha cúmplice-esposa, quase morreu há dois anos por causa dela. E agora meu amigo quase parou de andar por causa dela.

Ele me contou ainda que sua família estava muito chateada com ele devido a ativismo desenfreado em que ele estava envolvido na igreja. Não podiam mais assistir ao culto juntos, pois sempre alguém chegava com um problema urgente. Não podia mais dormir, pois eram incomodados por alguém com um problema judicial de madrugada (ele é advogado). E eu mesmo sou responsável por acordá-lo de madrugada com um problema. Com olhos lacrimejados me disse que gostava quando ele não tinha tantas funções na igreja, pois podia passar mais tempo com as pessoas e assim direcioná-las a Cristo.

Cheguei em casa pensando naquilo, tomei banho e fui pregar. Certamente entrou na minha lista de débitos com Deus, pois estava muito cansado e não pude oferecer muito naquele dia, como Deus merece. Ao término tentei dar atenção a quem estava próximo da cadeira que encontrei refúgio. Um amigo quis comer algo. Fui com ele. Dormi lá pelas meia noite-quase uma hora.

...ao equilíbrio.

Domingo a Flávia chegou do retiro e busquei-a no sacolão com as compras para o almoço. Fizemos comida juntos, como há muito não fazíamos. Contamos piadas, histórias do retiro, falamos de nossos problemas pessoais, da indignação que tem enchido o nosso coração com a mediocridade de alguns líderes cristãos, dos meus erros, dos dela. Foi bom.

Depois assistimos TV enquanto comíamos aquela comida tão gostosa. Assistir TV é coisa que não temos feito juntos devido aos desencontros de agenda (ela trabalha e estuda, eu também). Em seguida fomos dormir de conchinha. Coisa difícil, mas foi bom.

A noite tinha culto. O celular despertou. Faltaram forças para levantar. Foi tentador continuar na cama. E continuamos. Não fomos ao culto. Eita! Sou líder de jovens, como posso faltar ao culto para ficar descansando, deliberadamente?! O que iriam pensar de mim? Onde está a minha responsabilidade? Decidi deixar Deus me julgar e não as pessoas ou eu mesmo.

Acordamos pelas sete horas e fomos para a cozinha. Nós dois juntos na cozinha essa hora, só se matássemos culto mesmo. De segunda á sexta temos obrigações acadêmicas de noite. Sábado com os jovens. Domingo culto. Então...

Fizemos uma deliciosa torta de frango com espinafre. Hum... só faltou bacon. Ai! Tá bom Flá, não faltou nada... (baconnnnn!). Deixamos no forno e fomos tomar banho. Mas antes, namoramos como a muito tempo não namorávamos. Foi muito bom. Em seguida fomos tomar banho juntos, como há muito não fazíamos. Foi bom, também.

Enquanto aguardava os gols da rodada, a Flávia fazia as unhas e eu desfrutava da deliciosa torta, sem bacon que fizemos. Estava realmente boa a torta. Assim que ela terminou fomos dormir. Sem ter ido ao culto. E foi muito bom.

É... acho que domingo eu realmente "aproveitei  a vida com a mulher a quem eu amo" (Eclesiastes 9:9).

Um comentário:

  1. Muito bom meu irmão, nunca se esqueça deste ministério tão precioso chamado relacionamento!

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